domingo, 20 de dezembro de 2009

A relação entre as novas necessidades das economias de produção flexível com o sistema escolar


Utilizando o fragmento de Hilton Japiassu que nos fala da compartimentalização dos saberes e da importância do trabalho integrado, e, conciliando com o texto de Santomé (1998), fiz uma comparação entre as novas necessidades da economia com o sistema escolar, além disso relacionei-o com minha prática e os ideais farroupilhas. Abaixo segue minhas relações:


A educação brasileira, infelizmente, ainda encontra semelhanças com os processos de produção do Taylorismo e do Fordismo. Nestes processos o que menos tem significado é a democratização escolar. A escola, embasada neste processo, preocupa-se com os conteúdos que deve ensinar, sem saber se o aluno necessita ou tem real interesse em aprender aquilo que lhe é imposto.
A escola ainda é vista como um lugar em que o que importa são as notas, “os cadernos cheios” (e as mentes vazias...)... O processo de criação, que leve em consideração as habilidades de cada um, que promova autonomia e criticidade é o que menos interessa. Os alunos não têm seus conhecimentos prévios reconhecidos, por isso a evasão e altos índices de repetência. A obediência e a autoridade, também, são essenciais para manter o atual sistema.
Pensando na relação entre as novas necessidades das economias de produção flexível com o sistema escolar a única maneira seria descentralização do poder para
que os interesses e as necessidades dos alunos e professores sejam reconhecidos. Precisamos envolver toda a comunidade escolar no processo educacional para termos uma gestão mais democrática e participativa. Em nossas escolas, vemos no Projeto Político Pedagógico, uma luz em forma de democracia para resignificar a escola e a educação. Partindo da realidade local, envolvendo todos, criando uma nova identidade para a escola.
Sei que sou repetitiva, mas esse é o ideal em que acredito, uma educação onde cabe a nós professores, irmos além da transmissão de conhecimentos, transformando a nossa sala de aula em um ambiente desafiador, baseado na cooperação, na solidariedade e no respeito às diferenças. Os nossos ideais de educação devem ser os mesmos que os ideais de revolução francesa: “Liberdade, Fraternidade e Igualdade”. Ideais que também inspiraram os “farroupilhas” em 20 de setembro de 1835.

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