sábado, 20 de dezembro de 2008

Transformar para aprender



Como vimos na interdisciplina, muitas vezes a idade cronológica não identifica a fase de vida em que se encontra o indivíduo. Sabemos que não podemos determinar com segurança quem é o adulto, ou, quando o indivíduo pode ser considerado um adulto.
De acordo com Piaget, a ordem dos estágios do desenvolvimento intelectual é regular, porém, a velocidade pode variar de um indivíduo para o outro. Por isso também se fala, que cada um tem o seu ritmo e que o aprendizado acontece de acordo não só com a maturação, mas também com o meio em que está inserido e conforme experiências adquiridas.
Conhecendo as características do pensamento operatório e permitindo que as relações entre professor e aluno aconteçam em sala de aula, a educação será um processo em que o indivíduo se constituirá a partir de suas permanentes transformações internas e nas trocas com o seu meio.
De acordo com Maturana, qualquer relação social depende de assumirmos as capacidades do outro envolvido nesta relação, por isso, temos que nos colocar sempre no lugar do educando para que possamos ensinar e até aprender com seu próprio processo de aprendizagem. Com certeza, havendo uma síntese permanente entre as condições internas do sujeito e do meio, o processo de aprendizagem será marcado por grandes descobertas e ensinamentos que servirão de base para novas aquisições de conhecimentos.

Concepções e normas de currículo e avaliação



Currículo
Em nossa escola temos dois currículos em andamento. O currículo do Ensino Fundamental de 8 anos e o de 9 anos.
O currículo de 8 anos é organizado por séries, atendendo turmas da 3ª e 4ª séries. Já o currículo de 9 anos atende alunos do nível 5 até o 5º ano.
Em ambos os currículos a ênfase é na aquisição da leitura e escrita , e aprimoramento da expressão oral.O pensamento lógico matemático também é privilegiado de várias maneiras, as demais disciplinas são abordadas nos projetos de aprendizagem desenvolvidos pelos professores em sala de aula.
Além disso temos os projetos de:
§ Artes no currículo
§ Laboratório de Informática
§ Hora do conto.
§ Educação Física
§ Teatro


Os currículos do ensino fundamental são consolidados mediante elaboração de Planos de Estudo que expressam a Proposta Pedagógica da escola. O processo de escolarização do aluno com necessidade educacional especial tem um currículo funcional para atender às necessidades práticas da vida favorecendo assim o os desenvolvimentos social, cultural e cognitivo.

Avaliação
A aprendizagem do aluno ocorre diária e constantemente. Ela é verificada através de observações, registros (caderno de acompanhamento), Conselho de Classe, auto avaliação e outros.
De acordo com a Proposta Pedagógica da Escola temos em comum alguns critérios de avaliação que são: participação em grupo, respeito pelas opiniões (crianças e professores), o que a criança já traz de conhecimentos, como utilizar os conhecimentos adquiridos no dia-a-dia, no relacionamento aluno – aluno, aluno – professor.
“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. (Paulo Freire, p. 25, 1998).
A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo para se transformar na busca incessante de compreensão das diferentes dificuldades do educando, num movimento constante de novas buscas de conhecimento. Por isso, novos alunos com necessidades educativas especiais, inclusos no ensino regular, serão avaliados no contexto de sua realidade social e política, e para isto serão usados os seguintes critérios: observar o aluno em sua amplitude: interesse, participação, socialização, compreensão do conteúdo (conhecimento); enfim, todo o envolvimento com a aprendizagem. Compreender as dificuldades diferenciadas é um princípio de desacomodação por parte do educador e são desafios que a avaliação nos lança, e para isto a avaliação na perspectiva de construção de conhecimento parte de duas premissas básicas: confiança na possibilidade dos educandos construírem suas próprias verdades e valorização de suas manifestações e interesses.
O aluno deverá ser avaliado através do seu processo de aprendizagem e como este reage e interage na construção do conhecimento, atendendo e respondendo aos desafios e estímulos feitos pelo professor e aos que o espaço proporciona.
Esta avaliação será fundamentada através das observações diárias, com trocas dialogadas entre professor e aluno, bem como com a execução de tarefas escritas nas mais diversas modalidades.
O resultado de cada avaliação é trimestral, e será realizado através de parecer descritivo juntamente com produções realizadas no decorrer de cada período, sendo que a nota globalizada será da no 2º e 3º trimestres.
O resultado de cada avaliação é trimestral, feito no boletim, sendo que neste consta uma nota e um parecer descritivo.
O Regimento é padrão e comum a todas escolas do município. Por isso, a importância do PPP, pois aproxima a escola e sua realidade, levando em consideração os aspectos sociais e culturais da comunidade na qual está inserida. O nosso PPP procura embasar–se nas concepções teóricas de Piaget e Paulo Freire. Todo ano ele é reformulado, de acordo com a realidade dos alunos, pesquisa e sugestões de funcionários, professores e pais.
Também levamos em conta a “Pesquisa de campo” (visita as famílias), tabulamos os resultados, trocamos informações em reuniões pedagógicas e decidimos o que é ou não relevante. Nesse trabalho, rendeu até mesmo um poema de minha autoria:


Vitoriosos migreiros
Irmãos, aventureiros.
Lutando diariamente
Através de trabalho laborioso.

Incansáveis...
Guardam lembranças
Unindo-se na graça de sua fé
Atiçando a coragem,
alÇam vôos maiores.
c Ultura de riquezas em meio à pobreza.



(Poema Vila Iguaçu - Madebe Schmidt).
(12/08/08)


A história da escola mistura-se com a história da Comunidade da Vila Iguaçu.
Migrantes vindos do interior em busca de trabalho estabeleciam sua moradia em áreas verde desta cidade. A notícia da possibilidade de trabalho percorria as localidades mais distantes, muitas famílias abandonavam, então, o campo. O aglomerado de casas cresceu rápido nesta vila, construções surgiram de um dia para o outro. Moradores antigos nos contam que antes era só mata, que todos se conheciam e que um cuidava e ajudava o outro. A expansão atropelou todo este sentimento. O espaço começou a ficar muito pequeno, a população proliferava. Crianças havia por toda parte. Nesta vila só um lugar não foi ocupado, pois nele havia um campo de futebol, único lugar de lazer.
Neste espaço, foi construída a escola, por iniciativa de um Vereador, e do Secretário de Educação da cidade na época.
Houve conflito, pois se as crianças precisavam de escola, adolescentes e adultos queriam ter seu espaço para o futebol e lazer. Bem longe ficou o discurso de negociação e conscientização.
O PPP é a identidade da escola.

Diferenças entre as Gestões

Em uma Gestão democrática, a comunidade faz parte da escola, ou seja, deve estar inserida no contexto social e ser acessível para todos que dela precisam. Os assuntos pertinentes a qualquer tomada de ações por parte da escola devem ser decididas em conjunto com membros da comunidade escolar e seus representantes.
Enquanto a Gestão Patrimonialista, não considera na sua essência o papel da comunidade, pelo contrário, os gestores passam a escolher quem irá participar dos conselhos escolares, dos grupos de pais e da tomada de decisões. Através disso, a escola deixa de ser um espaço democrático perdendo sua função social e sua democracia.

GESTÃO PATRIMONIALISTA



UTILIZAÇÃO DA ESCOLA COMO ESPAÇO PRIVADO;

EXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL DO PODER NA GESTÃO DA ESCOLA;

CRITÉRIOS PESSOAIS E/OU PARTICULARISTAS NA GESTÃO DOS RECURSOS DA ESCOLA;

MEDIAÇÕES INSTITUCIONAIS ENTRE SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESCOLA;

DISPARIDADE ENTRE AS DECISÕES E A REALIDADE SOCIAL DA ESCOLA;

UTILIZAÇÃO PESSOAL E/OU PRIVADA DE INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO ADMINISTIVA, FINANCEIRA E PEDAGÓGICA DA ESCOLA;

UTILIZAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA PARA OBTER ACESSO PRIVILEGIADO ÀS DECISÕES;


AUSÊNCIA DE TRANSPARÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTAS;


BUROCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO.

Quadrinhos sobre Democracia











GESTÃO DEMOCRÁTICA








ACESSO DA COMUNIDADE ESCOLAR ÀS DECISÕES NA GESTÃO DA ESCOLA;

TRANSPARÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTAS;

ACESSO À INFORMAÇÃO PELA COMUNIDADE ESCOLAR;

INEXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL DO PODER NA GESTÃO DA ESCOLA;



UTILIZAÇÃO DA ESCOLA COMO ESPAÇO PÚBLICO;

CRITÉRIOS IMPESSOAIS, OBJETIVOS E UNIVERSAIS NA GESTÃO DOS RECURSOS DA ESCOLA;

EQUIVALÊNCIA ENTRE DECISÕES E REALIDADE SOCIAL DA ESCOLA;


AUSÊNCIA DE MEDIAÇÕES INSTITUCIONAIS ENTRE A ESCOLA E ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS DO SISTEMA DE ENSINO;

FUNDEB



FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Em 20 de junho de 2007 foi sancionada a Lei Nº 11.494/2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB. Em vigor desde o dia 1º de janeiro deste ano, por Medida Provisória, o novo Fundo substitui o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF. O FUNDEB terá vigência até 2.020 e atenderá, a partir do 3º ano, 47 milhões de alunos da educação básica, contemplando creche, educação infantil, ensino fundamental e médio, educação especial e educação de jovens e adultos.
Trabalho no município de Novo Hamburgo, onde pesquisei junto ao site da Câmara Municipal e encontrei um projeto de Lei, intitulado Lei Municipal nº 1.603 no qual retrata a questão de um Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, que tem as seguintes atribuições:
Acompanhar e controlar a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do FUNDEB;
Supervisionar a realização do censo Escolar e a elaboração da proposta orçamentária anual do poder Executivo Municipal, com o objetivo de concorrer para o regular e tempestivo tratamento e encaminhamento dos dados estatísticos e financeiros que alicerçam a operacionalização do FUNDEB;
Examinar os registros contábeis e demonstrativos gerenciais relativos aos recursos repassados ou retidos à conta do FUNDEB;
Emitir parecer sobre as prestações de contas dos recursos do FUNDEB pelo poder Executivo Municipal. Este parecer deve ser apresentado ao Poder Executivo Municipal em até 30 dias antes do vencimento do prazo para a apresentação da correspondente prestação de contas aos órgãos competentes.
O Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb no município é constituído por 11 membros titulares, acompanhados de seus respectivos suplentes, conforme representação e indicação a seguir;
- 2 representantes da Secretaria de Educação e Desporto – SMED, indicados pelo Poder Executivo Municipal;
- 1 representante dos professores das escolas públicas municipais;
- 1 representante dos diretores das escolas públicas municipais;
-1 representante dos servidores técnico-administrativos das escolas públicas municipais;
- 2 representantes dos pais de alunos das escolas públicas municipais;
- 2 representantes dos estudantes da educação básica pública;
- 1 representante do Conselho Municipal de Educação – CME;
- 1 representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA;
Estes membros referidos anteriormente são indicados pelos respectivos segmentos e/ou representações. Esta indicação deve ocorrer em até 30 dias antes do término do mandato dos conselheiros anteriores, para nomeação dos conselheiros. Estes, devem guardar vínculo formal com os segmentos que representam, devendo esta condição constituir-se como pré-requisito à participação no processo eletivo.
O suplente substitui o titular do Conselho do FUNDEB, nos casos de afastamentos temporários ou eventuais deste, assumindo sua vaga nas hipóteses de seu afastamento definitivo. O mandato dos membros do Conselho do FUNDEB é de 2 anos, sendo permitida uma única recondução. O conselho do FUNDEB tem um presidente e um vice-presidente, que é eleito pelos conselheiros. No prazo máximo de 30 dias após a instalação do FUNDEB, é aprovado o regimento interno que viabilize seu funcionamento. As deliberações são tomadas pela maioria dos membros presentes, cabendo ao presidente o voto de qualidade, nos casos em que o julgamento depender de desempate. O conselho do FUNDEB pode quando julgar conveniente, apresentar Câmara Municipal e ao órgão de controle interno do município, manifestação formal acerca dos registros contábeis e demonstrativos gerenciais do FUNDEB. Por decisão da maioria de seus membros convocarem o secretário de Educação e Desporto para prestar esclarecimentos acerca do fluxo de recursos e a execução das despesas do FUNDEB, devendo a autoridade convocada a apresentar-se em prazo não superior a trinta dias.

Atenção para as notícias vinculadas no site da prefeitura no ano de 2007:
Pais e alunos elegem representantes para o Conselho Fundeb
Publicado em 29/06/2007 às 10:07

Representantes das Associações de Pais e Mestres (Apemem) das escolas municipais de Novo Hamburgo irão participar hoje, dia 29, de uma reunião para escolha dos conselheiros que integrarão o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social (Conselho Fundeb), do Fundo de Manutenção de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb). No encontro que será realizado às 19h15min no auditório do 10º andar do Centro Administrativo Leopoldo Petry serão escolhidos os dois titulares e dois suplentes que representarão os pais de alunos das escolas públicas municipais. Na noite, também serão definidos os dois titulares e dois suplentes maiores de 18 anos que representarão os estudantes da educação básica pública.

Conselho Fundeb começa a definir integrantes
Publicado em 02/07/2007 às 15:28
Já estão definidos alguns dos responsáveis por acompanhar e fiscalizar a distribuição dos recursos do Fundo de Manutenção de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em encontro realizado na noite de sexta-feira, foram escolhidos quatro pais (dois titulares), quatro alunos (dois titulares) e duas diretoras (uma titular) para integrar o Conselho Municipal de Acompanhamento e Desenvolvimento Social (Conselho Fundeb). Diretores e representantes da Associação de Pais e Mestres das Escolas Municipais participaram no evento realizado no Centro Administrativo Leopoldo Petry. O mandato dos selecionados é de dois anos. Junto com eles integram o Conselho mais cinco pessoas que representam a Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed); a classe dos professores; dos servidores técnicos administrativos; do Conselho Municipal de Educação (CME) e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDA).
O prefeito em exercício Raul Cassel acompanhou a eleição na sexta e destacou a importância da participação da comunidade nesse tipo de decisão que incidirá sobre investimentos nas escolas. “Só esse ano a Prefeitura já investiu oito milhões em reformas nas escolas e com o Fundeb devemos melhorar ainda mais as condições de estudo", garantiu.

Estas foram as duas únicas notas encontradas no site da prefeitura sobre o FUNDEB, acho extremamente errado que não divulguem informações, precisamos sempre de transparência nas ações. Depois de muita procura encontrei informações na Câmara Municipal.
Os representantes mencionados acima, serão responsáveis por acompanhar e controlar a repartição, transferência e aplicação dos recursos federais do Fundeb por dois anos de mandato. Os quatro titulares escolhidos integrarão o conselho juntamente com outros seis representantes: um da Secretaria de Educação e Desporto (Smed), um dos professores, um dos diretores, um dos servidores técnico-administrativos, um do Conselho Municipal de Educação (CME) e outro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDA). Cabe a nós cidadãos, fiscalizar.

FONTES:

MEC Ministério da Educação:
http://portal.mec.gov.br/index.
Lei municipal nº 1.603, de 15/06/2007 – Câmara Municipal de Novo Hamburgo, Estado do Rio Grande do Sul.
http://novohamburgo.org/ ( Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo)

Lacunas no trabalho do professor






Muitos dos principais problemas enfrentados pelos professores têm causas que vêm de fora da escola. Como os exemplos que seguem abaixo:
Dificuldade de aprendizagem, “falta de base” dos alunos, atraso na escolarização, dificuldades emocionais e de relacionamento apresentados pelos alunos, problemas de origem familiar e social, geralmente causado por situações sócio-econômicas.
O Governo tem investido na educação, mas de forma insuficiente. Faltam recursos. Porém, também faltam recursos para a saúde, transporte, moradia, etc. E todas essas carências remetem na sala de aula, contribuindo para o fracasso escolar. De nada adianta ficar culpando o Governo e transferirmos a nossa responsabilidade.
Os problemas vivenciados pelos professores também, são provenientes de uma pouca valorização da educação como possibilidade de construção de sujeitos críticos e participativos.
A formação continuada, deveria ir de encontro com a realidade da nossa sala de aula.
É importante que o professor se conscientize do seu papel, ou seja, não adianta somente resolver questões objetivas para que tenhamos aprendizagem plena, precisamos conhecer bem as leis que nos regem e regem a nossa escola, devemos participar ativamente dos conselhos escolares e na construção do PPP, somente assim, mudaremos os rumos da educação.




Constituição de 1934


A Constituição de 1934 traz a educação nacional como matéria de competência privativa à União. Determina-se que “Compete privativamente à União traçar as diretrizes da educação nacional” (Artigo 5o, XIV). A competência privativa abre brecha para a participação dos Estados-Membros ao dispor que “A competência federal para legislar sobre as matérias no XIV (...) não exclui a legislação estadual supletiva ou complementar sobre as mesmas matérias” e que ‘as leis estaduais, nestas casos, poderão, atender às peculiaridades locais, suprir as lacunas ou deficiências da legislação federal, sem dispensar as exigências desta” (Artigo 5o, §3o). Um dado a se assinalar é que a legislação supletiva dos Estados não teria, como acontecerá mais tarde com a atual Constituição Federal, um caráter de legislação plena. Ela é supletiva ou complementar para efeito de suprir lacunas ou deficiências da legislação federal. No elenco das matérias de competência privativa da União, registram-se, pelo menos, 29 assuntos privativos da União, sendo a educação nacional um dos explicitamente delegáveis aos Estados.
O que mais nos chama a atenção, na Constituição de 1934, é que, no capítulo II (da Educação e da Cultura), que pertence ao Título V (Da Família, da Educação e da Cultura), um capítulo, portanto, que traz normas sócio-ideológicas, há uma intervenção muito forte da União. Sendo uma Constituição de feição liberal, contraditoriamente, o artigo 150 traz um elenco de competências exclusivas e centralizadoras da União, descartando, com um corretivo constitucional, a possibilidade de a matéria trazida no artigo 5o, no XIV, contar com a participação ativa dos Estados. As ações são, assim, muito centralizadas na União em detrimento da participação dos Estados-Membros. A esse respeito, determina o legislador que “O plano nacional de educação, de lei federal, nos termos dos Art. 5, no XIV, e 39, no 8, letras a e, só se poderá renovar em prazos determinados, e obedecerá às seguintes normas” (Artigo 150, parágrafo único), citando, em seguida, as seis normas que condicionam toda a realização do plano educacional através de medidas de restrições impostas pela ação centralizante federal.




CONCEITOS BÁSICOS DE GESTÃO

DEMOCRACIA

Participação do povo na luta por uma sociedade com direitos de igualdade e justiça social.
Conjunto de procedimentos para a formação de um governo baseado fundamentalmente de escolha de representantes por meio do voto obedecendo-se critérios construídos para esta escolha e noções de igualdade de peso entre os votantes.

ESTADO:

Base da organização moderna que se configura nas instituições públicas governamentais organizadoras de todo o aparato político, representativo, econômico e jurídico da sociedade.

GLOBALIZAÇÃO
União de interesses econômicos e sociais. Uniformização de idéias.



PARTICIPAÇÃO:

Fazer valer seus direitos, poder de ação.



NEOLIBERALISMO

Interesses políticos e econômicos, onde o papel do estado é destituído em favor de Organizações e Instituições Privadas. Privatização de interesses ou bens públicos.

POLÍTICA
Organização da sociedade na busca pelos seus direitos e deveres.


POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Programas e estratégias que visam melhorias na educação.


POLÍTICAS PÚBLICAS
Programas que visam melhorar a sociedade sob os aspectos políticos, sociais, econômicos, culturais, etc...



Através dessa pesquisa sobre esses conceitos, compreendi melhor o papel de cada um dentro da sociedade.
Devemos reivindicar nossos direitos e fiscalizar políticas públicas. Percebi a importância de termos um conceito bem definido para qualificar a participação e valorizar a oportunidade de estarmos num país democrático, ou melhor, que levanta a bandeira da democracia.

domingo, 30 de novembro de 2008

AUTO AVALIAÇÃO DO PROJETO DE APRENDIZAGEM (P. A.)






Ao longo do semestre o P.A nos trouxe a oportunidade de aprendermos tanto na elaboração de um projeto como no tema proposto. Com isso, houve um crescimento significativo da aprendizagem adquirida. Aprendi muito sobre células tronco; já é um assunto no qual posso dissertar pois há um domínio do mesmo. Outras aprendizagens que destaco, vão além do conteúdo ou da elaboração de um projeto; é o uso de novas ferramentas tecnológicas. Neste projeto, a tecnologia foi a nossa maior aliada, seja na elaboração de um mapa, na postagem de imagens ou gifs, até mesmo na elaboração de quadrinhos (que não consegui postar), ou na pesquisa de sites e vídeos na web.
Todas essas aprendizagens foram de enorme valia para meu progresso pessoal. Posso dizer que depois do P.A domino muito mais coisas do que antes. Acredito que o nosso trabalho está bem claro e objetivo, e servirá de fonte de pesquisa para outras pessoas. Nosso trabalho está visivelmente agradável, possui imagens ilustrativas e explicativas, links para vídeos, etc.
Foi um trabalho difícil de realizar, principalmente por se tratar de um assunto atual, no qual ainda se buscam muitas repostas, por isso a responsabilidade de cada um no grupo aumentava. No que me propus a fazer, tive altos e baixos; fiz o primeiro mapa porém não estava correto, fiz a história em quadrinhos sobre a entrevista mas não consegui postá-la, na segunda versão do mapa demorei muito para fazê-lo e minha colega fez no meu lugar. Esses foram os pontos baixos, porém ajudei o grupo na descoberta de informações, na postagem de imagens, fotos e gifs, na descoberta de vídeos sobre o assunto, nas certezas e dúvidas, na pergunta inicial, nos objetivos, etc.
Nosso grupo cresceu ao longo do semestre; das primeiras até as últimas postagens nota-se o avanço do grupo. Com esse crescimento obrigatoriamente tive que avançar junto com o grupo.
Ao longo desse processo, me comuniquei apenas com os integrantes do grupo; não me comuniquei com as professoras pois passava as dúvidas para uma colega que as repassava para a tutora. Esta era a maneira que encontrei para solucionarmos entre nós os “problemas” do grupo e assim pedir auxílio somente quando necessário.
Enfim, mesmo com alguns imprevistos (pontos baixos citados anteriormente) acredito que colaborei com meu grupo e fiz um bom trabalho, juntamente com minhas colegas, e certamente todas nós nos sentimos seguras e confiantes para falarmos sobre o tema células-tronco.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Gestão democrática na educação





Dentro de uma visão democrática, a organização escolar deverá estar voltada para participação social, no planejamento, na execução das tarefas, na avaliação, na adoção de recursos e na tomada de decisões.
De acordo com o texto de Isabel Letícia Pedroso de Medeiros e Maria Beatriz Luce (1994 apud Bordenave, p8): “Democracia é um estado de participação”. Na escola, a democracia se faz através de uma série de fatores como:
Associação de Pais e Mestres (APEMEM) – que integra a comunidade, a escola e a família com o Poder Público, através de reuniões, questionam e fiscalizam questões pertinentes à comunidade escolar.
Plano Político Pedagógico (PPP) – deve ser criado dentro do contexto social da comunidade à qual está inserida para que suas práticas vão de encontro às necessidades dessa comunidade.
Infelizmente, no município em que trabalho, a escolha dos diretores é feita de maneira eletiva indireta, onde os professores com graduação e que atuam por mais de três anos na rede, podem concorrer à vaga de diretor mediante a apresentação de um plano de gestão, junto a Secretaria de Educação. A partir daí se aprovado pelo Secretário de Educação, os candidatos aptos compõe uma lista tríplice que é enviada as escolas para a eleição por parte dos professores e funcionários concursados. Ainda não podemos dizer que isso é a mais pura democracia.
No âmbito Nacional, cito grandes projetos de leis que procuraram estruturar e organizar a Educação:
A Constituição Brasileira de 1988, que define a gestão democrática do ensino público como princípio básico dando amplitude ao direito à educação nas constituições estaduais e nas leis orgânicas dos municípios.
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 1990), que garante o acesso à educação e a permanência na escola, bem como a efetiva participação dos alunos e seus responsáveis na definição de propostas educacionais.
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 1996)
PNE – Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172, de 2001 nº 9.424 de 1996),
que instituiu o FUNDEF, que trata da redistribuição de recursos entre municípios e seus respectivos estados de acordo com o número de alunos matriculados nas escolas.
Através das leituras sobre gestão democrática, noto a grande evolução da Educação, a extrema importância da comunidade, e percebo claramente uma imensa necessidade para que as ações saiam do plano burocrático e encontrem a prática. É valorizando o contexto social onde escola está inserida e exercendo a nossa cidadania, que estaremos contribuindo para a uma verdadeira democracia.








REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MEDEIROS, Isabel L. Pedroso de; LUCE, Maria Beatriz. Gestão democrática na e da educação: concepções e vivências. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 2006. 173 p.

domingo, 28 de setembro de 2008

Educação: Atribuições e competências




Desde que o Brasil tornou-se República e passou a ser uma organização política federativa, o país passou por muitas mudanças, que vão de períodos de democracia, passando pela fase de ditadura, após pela transição entre ditadura e democracia, para finalmente estabelecer a democracia.
Durante a ditadura, os estados tinham menor autonomia e a concentração da autoridade política era do Governo Militar.
No período de transição da ditadura para a democracia, vários segmentos da sociedade lutavam pelo retorno das eleições diretas e a descentralização do poder fiscal. Nesse período surge a Constituição de 1988, a Constituição Brasileira.
A seguir veja os artigos 1º e 18º da constituição:

“Art. 1. º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político”.

“Art. 18. (*) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1.º Brasília é a Capital Federal.
§ 2.º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3.º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4.º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios preservarão a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, far-se-ão por lei estadual obedecido os requisitos previstos em lei complementar estadual, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas.”

Com a Constituição , ficou efetivada a descentralização do poder. Reconhecendo os municípios como parte da Federação e restaurando o poder dos Estados.
A educação no Brasil também ganhou novos rumos, em 1996, com a Emenda Constitucional nº 14, de 27 de Setembro, que estabelecia o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) que foi instituído e regulamentado pela Lei n.º 9.424, de 24 de dezembro do mesmo ano, e pelo Decreto nº 2.264, de junho de 1997. O FUNDEF foi implantado, nacionalmente, em 1º de janeiro de 1998, quando passou a vigorar a nova sistemática de redistribuição dos recursos destinados ao Ensino Fundamental.
A maior inovação do FUNDEF consiste na mudança da estrutura de financiamento do Ensino Fundamental no País(1ª a 8ª séries do antigo 1º grau), ao subvincular a esse nível de ensino uma parcela dos recursos constitucionalmente destinados à Educação. A Constituição de 1988 vincula 25% das receitas dos Estados e Municípios à Educação. Com a Emenda Constitucional nº 14/96, 60% desses recursos (o que representa 15% da arrecadação global de Estados e Municípios) ficam reservados ao Ensino Fundamental. Além disso, introduz novos critérios de distribuição e utilização de 15% dos principais impostos de Estados e Municípios, promovendo a sua partilha de recursos entre o Governo Estadual e seus municípios, de acordo com o número de alunos atendidos em cada rede de ensino.
Além da Emenda, um “divisor de águas” da educação brasileira, foi à implementação da
Lei nº 9394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), criada pelo antropólogo, político e escritor Darcy Ribeiro e sancionada pelo governo no dia 20 de dezembro de 1996.
Observe artigo 10 da LDB:

“Art. 10 - Os Estados incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino;
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público;
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios;
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino;
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio.
Parágrafo Único - Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes aos Estados e aos Municípios.
Art. 11 - Os Municípios incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados;
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino;
V - oferecer à educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental permitido a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.
“Parágrafo Único - Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.”

Com as mudanças ocorridas na legislação, através das leis para o desenvolvimento do ensino e da descentralização do sistema tributário, como mecanismo de financiamento da educação, observa-se que a questão dos recursos financeiros para a educação ganhou notoriedade.
A lei também estipula que cabe ao Município oferecer a educação infantil e com prioridade o ensino fundamental (art. 11, inciso V); para os Estados ficam a responsabilidade de assegurar o ensino fundamental e oferecer com prioridade o ensino médio (art. 10, inciso VI), sendo ainda incumbidos de definir, junto aos municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, garantindo a distribuição proporcional das responsabilidades (art. 10, inciso II). A União, além de sua rede de ensino superior e sua presença em outros níveis e modalidades de ensino (art. 9º, inciso II), deve exercer função técnica de apoio e financiamento (LDB, art. 9º, inciso III), e tem incumbência de articular toda a organização da educação nacional (LDB, art. 9º, inciso IV).
Mesmo com todas essas Leis em prol da educação, vivemos uma fase crítica na educação, onde os recursos repassados são insatisfatórios para qualificarmos a educação e para mantermos a escola, necessitamos sempre de promoções junto as APMEM’S (Associação de Pais e Mestres). Além de ensinarmos, vendemos rifas, bolos, promovemos festas, enfim...realizamos e acumulamos funções porque acreditamos numa educação de qualidade e temos a esperança de um dia tudo será melhor, cada um com sua responsabilidade, porém unidos num mesmo objetivo.





REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

BATISTA, Neusa Chaves. A organização da educação básica brasileira em perspectiva histórica: ênfase no período republicano e na educação elementar. Porto Alegre, PEAD/UFRGS, 2008, 14f. (Texto digitado)

FARENZENA, Nalú. Federalismo e descentralização. Porto Alegre, PEAD/UFRGS, 2007, 6f. (Texto digitado).

PORTAL DO MEC NA INTERNET: www.mec.gov.br

Análise do Comportamento Humano através do Teatro







Analisando as diversas fases da vida, de acordo com o texto que traz abordagens de Erikson, pude fazer uma comparação com o teatro. No teatro trabalhamos diretamente com isso: O comportamento Humano.
Através das personagens vivenciadas, do estudo da cena, laboratórios (pesquisa de personagens, vivenciando o ambiente e a realidade das personagens), e também do processo de análise corporal, de sentimentos e ações, descobrimos, imitamos e vivenciamos cada uma das fases da vida.
Neste Universo Teatral, precisamos estar atentos em tudo e em todos, pois tudo se reverte em experiência e bagagem cultural para criarmos cada vez mais e passarmos naturalidade e veracidade na composição da personagem. Além dos aspectos físicos, temos também os psicológicos, com isso, podemos brincar de exagerar, fisicamente (perna mais curta, ombros caídos, dentes para frente, nariz grande,etc...) e psicologicamente (deprimido, irônico, feliz, indeciso, melancólico,etc...) dependendo do contexto do Espetáculo.
Nas oficinas de teatro trabalhamos nosso corpo e nossa voz para demonstrar da melhor maneira possível às transformações das diversas personagens em distintas fases de vida. Um exercício que utilizo nas Oficinas que ministro, é um exemplo disso: A pessoa senta numa cadeira, sozinha no centro do palco (ou no centro do espaço cênico), ela se imagina na idade adulta e através de expressões faciais e corporais, ela vai passando da fase adulta para a velhice.Parece ser um exercício simples, porém é bem complexo, pois apesar de expressarmos a face e o corpo, a nossa mente trabalha sem parar e expressa as diversas emoções e atitudes dessas fases. Também, a partir desse exercício faço um efeito contrário, ou seja, o indivíduo permanece na velhice, porém tem sensações de memória do passado e vai aflorando os sentimentos e ações como se voltasse ao passado e retoma todas as fases de sua vida, podendo chegar até mesmo ao primeiro estágio de sua vida. Se o indivíduo não tem alguma fase bem resolvida na sua vida pode entrar em desespero ou trabalhar melhor esse período, depende também da responsabilidade do condutor do exercício, em saber abordar essa questão e direcionar da melhor maneira possível.
Enfim, a análise do comportamento humano é riquíssima e existem diversos
meios de explorá-la, o Teatro é um deles.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Psicologia da vida adulta


É através da vida adulta que temos mais firmeza nas nossas escolhas. É onde nossas experiências servem de embasamento para tomada de decisões.
Com todo esse amadurecimento surgem muitas responsabilidades como: constituir, conduzir e sustentar sua família.; melhorar seu desempenho profissional; cuidar de sua casa e de tarefas cotidianas; preocupar-se com a educação e moral de seus filhos, enfim, inúmeros afazeres diários.
Mesmo com tantos compromissos muitos adultos retomam seus estudos pois o mercado de trabalho está bastante competitivo e também para acompanhar a evolução tecnológica. Acredito que eles aprendem pois estão super dispostos e necessitados de tal aprendizagem. As aulas devem ir de encontro as suas necessidades, devem ser planejadas levando em consideração suas experiências, realidade e habilidades. Contudo, mesmo com diferentes ritmos, todos aprendem.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Reflexão sobre Tempo



Parar para analisar o nosso tempo é sem dúvidas um processo de reflexão que nos direciona para uma melhor organização e nos faz refletir sobre questões que antes se apresentavam como uma “falta de tempo”, e, que são na verdade falhas na divisão das tarefas, na disciplina de horários e no mau empregamento delas.
Ao fazer a tabela percebi que estou sem tempo para realizar nesse momento novas atividades. Porém meu espírito empreendedor me diz que só preciso me organizar melhor que tempo terá de sobra.
Minhas prioridades não são para o lazer e tarefas domésticas, e sim, para o trabalho e estudo. Precisei adaptar na minha rotina um lugar para exercícios físicos pensando na minha saúde.
Acredito que posso organizar melhor meu tempo. Vou refletir mais sobre esse assunto.

Que aprendizagens se consolidaram ao preparar a síntese-reflexão?


Uma das aprendizagens que foram mais significativas com a realização desse trabalho foi realmente o poder de sintetizar, de deixar claro o que era mais importante e oportuno para o momento. Dar ênfase para o principal dentro do contexto Tempo e Espaço, integrando as diversas áreas do conhecimento com as interdisciplinas.

Outro ponto importante , foi o da auto-avaliação que fizemos quando realizamos essa reflexão, salientando os aspectos positivos e negativos do nosso desempenho no semestre. É uma parada para repensarmos nossa caminhada até agora no PEAD e nos dá força para evoluirmos.

Que aprendizagens se consolidaram no preparo e realização do Workshop?

A vida é como um teatro...A atração principal é quando transmitimos o conhecimento. Quanto mais aprendizagens divididas, maior é o espetáculo!









Aprendi a socializar e dinamizar minhas aprendizagens, ou seja, mostrar e dividir com os outros o que aprendi.
Me senti plenamente segura na hora de expressar minhas aprendizagens. Acredito que escolhi a ferramenta certa para transmiti-las, o Movie Maker. Consegui atingir meus objetivos, que eram integrar os conteúdos do semestre com o meu Plano Individual de Estudos, que justamente se tratava de aprimorar o uso dessa ferramenta tecnológica de edições e criações de filmes.
Estou cada vez mais me localizando no Tempo e no Espaço.












domingo, 20 de julho de 2008

Matemática para a vida

lembro-me que a cercade dois anos atrás, que por "coinscidência", numa avaliação de matemática, com uma turma de terceira série, fomos surpreendidos com um incêndio num casebre em frente a escola. Os alunos se sensibilizaram e criaram uma campanha para ajudar aquela família que tinha cinco crianças pequenas. Esse fato desencadeou e motivou os alunos para matemática. Trabalhamos intensamente os seguintes conteúdos:
  • Operações matemáticas através dos números de doações;
  • Cálculo de perímetro e´área para saber a quantidade mínima de tijolos para construir uma casa, tendo como base as paredes da sala de aula;
  • Gráficos de doações por turma;
  • Separação das doações por comparação (classificação);
  • Média de doações por dia;
  • Sistema de medida e unidades de grandeza, através do quilograma e litro para os alimentos das doações.

Assim, além de ajudar a família, aprendemos matemática, entre outras coisa. Aprendemos para a vida!

UNIDADE DE MEDIDA


Para determinar o valor numérico de uma grandeza, precisamos dispor de uma outra grandeza para adotar como convenção, para compararmos com a primeira.
Para sabermos a altura da garrafa precisamos definir uma unidade de comprimento a ser adotada, para ser um padrão para outras medidas. Por exemplo: Se a grandeza é o comprimento, a unidade de medida será o metro; se a grandeza for a quantidade de líquido então a unidade de medida será o litro.



GRANDEZA





É o atributo físico de um corpo que pode ser medido, isto é qualitativamente detinguido e quantitativamente determinado. Por exemplo: A quantidade de líquido que a garrafa de refrigerante comporta, 1L ou 2L, é um atributo desse corpo, definido pela grandeza do volume.


SISTEMA DE MEDIDA




As coisas podem ser medidas de várias maneiras e sob vários aspectos.


Vejamos uma garrafa de refrigerantes que compramos no mercado. Podemos medir sua altura, quanto ela pesa, a quantidade de líquido que ela comporta. Cada um desses aspectos implica uma grandeza diferente (massa, comprimento, volume).


Medir é comparar uma grandeza com uma outra de mesma natureza tomada como padrão.


É um conjunto de operações que determina o valor de uma grandeza.

Como meus alunos vêem o mundo? E como eles o representam?




Meus alunos reconhecem e representam seu mundo através das suas vivências, de acordo com o contexto sócio-cultural onde estão inseridos e suas experiências. Os pontos de referência para tal representação, estão no maior mercadinho da vila, na lomba asfaltada, na parada de ônibus, nos becos que têm seus nomes peculiares e principalmente na escola, que é o maior ponto de referência para eles.
Alguns alunos chegam na quarta série sem diferenciar bairro de cidade. Por isso temos a necessidade de trabalhar bem as noções de orientação espacial, espaço e forma, de maneira bem concreta para que a aprendizagem seja significativa e realmente aconteça com nossos alunos. Eles necessitam do concreto para ampliar sua visão de mundo. Passeios, filmes, imagens de qualquer natureza, jornais atuais jogos, mapas, etc. ajudam nesse processo.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Portifólio de Aprendizagem

I. Linguagens e Integração das Aprendizagens


Neste semestre, ao estudar os conceitos de tempo e espaço, percebi que os utilizamos o tempo todo, dentro de todas as disciplinas em sala de aula, bem como em questões simples do nosso cotidiano.
Essas noções estão inseridas no nosso contexto, desde o momento que nascemos, pois a partir do nascimento, marcamos um tempo e ocupamos um espaço. Refletindo sobre tais conceitos, pude ampliar meus conhecimentos a respeito das noções trabalhadas com os alunos. Identifiquei em várias atividades propostas aos alunos esses conceitos, porém antes das interdisciplinas os abordarem, não tinha clareza e embasamento teórico para significá-los no processo de aprendizagem.
Uma das atividades que costumava realizar com meus alunos, a chamada “Linha do Tempo”, foi melhor desenvolvida, pois estava mais norteada pela teoria, com isso, estimulei meus alunos a pesquisa, e o trabalho ficou bastante enriquecido, em matemática criamos gráficos com as idades dos avós, pais e filhos e elaboramos histórias matemáticas; em ciências estudamos as fases da vida humana:infância, adolescência, adulto, idoso e estamos em andamento com o projeto Ciclo da água; em estudos sociais elaboramos o livro com a história de vida de cada um desde o nascimento até a fase atual e desenvolvemos um projeto sobre os índios.
A noção de espaço e tempo foi bastante ampliada, pois sei que fazemos parte de uma história e que as experiências de vida que ocorrem marcam o nosso tempo, tenho consciência de que as representações do mundo que nos cerca são muito significativas para os conhecimentos que vamos construindo com o passar do tempo.


II. Construções e Reconstruções Pessoais.


O que considero mais importante durante esse semestre foi ter a clareza de que estou no caminho certo na busca pelo aprimoramento de minha prática pedagógica, portanto fica difícil destacar apenas uma aprendizagem, sendo que todas as interdisciplinas contribuíram para esse aprimoramento. Através da integração das Interdisciplinas, signifiquei e resignifiquei conceitos e aprendizagens, sobretudo no que diz respeito a Tempo e Espaço, que foi amplamente abordado em Estudos Sociais, trabalhado também na matemática, com a unidade Espaço e Forma e em ciências, dentro da Unidade Ciclos da Natureza, principalmente a atividade sobre o conceito de sombra. Destaco também como aprendizagens significativas, todos os conceitos que envolveram a Interdisciplina de Matemática, pois foi através da vivência ocorreu à aprendizagem, ou seja, com atividades totalmente práticas e de fácil aceitação por parte de nossos alunos, fomos trazendo “novas roupagens” para “velhos conteúdos”.


III. Plano Individual de Estudos (PIE)


Para realizar o Plano Individual de Estudos, destaquei como objetivo o que estava mais latente naquele momento, que era dominar as ferramentas para edição de vídeos, através do programa “Movie Maker” não pensei de forma abrangente e hoje,refletindo, percebi que me aprimorei naquilo que havia especificado, porém acredito que faltou ressaltar novas aprendizagens, outros métodos de pesquisa, creio que está “pobre”, dentro da complexidade de temas que poderiam ser abordados e repensados através dele. Vou complementá-lo sempre, não como uma atividade e sim como um norteador em busca de novos conhecimentos, como fonte inesgotável de pesquisa e progresso intelectual.

Análise do vídeo “Balance”


O vídeo Balance, nos mostra , de forma bem interessante, clara e objetiva, a relação de que para existir equilíbrio, necessitava de uma harmonia na ocupação do espaço. Todas as ações eram pensadas de forma coletiva para que não se alterasse o equilíbrio de seu ambiente. Havia um planejamento de ações para que pudessem viver em harmonia. O meio no qual estavam inseridos, estava protegido, garantindo sua auto-sustentação.
Todos nós somos responsáveis pelo meio em que vivemos, quando pensamos no coletivo, vivemos em harmonia com o todo, porém quando praticamos ações individuais, esquecemos das conseqüências que elas causarão no nosso mundo, pois são ações egoístas, que desequilibra o nosso meio para satisfazer o interesse de poucos. Quando isso ocorre, quase sempre, é por interesse econômico. Isso ocorre desde os primordes da nossa humanidade, com o desenvolvimento e progresso desenfreado, humanidade não se preocupou em cuidar do seu meio ambiente, não criando alternativas bio-sustentáveis.
Assim como no vídeo Balance, o desequilíbrio ambiental é resultante de atividades humanas desordenadas, causa destruição dos ecossistemas naturais, mas também causa problemas ao próprio homem, sendo que ele vive e depende do seu meio ambiente para continuar a sobreviver.
No vídeo, eles precisavam manter o equilíbrio e pensar sempre no todo para se manterem, nós também precisamos desse equilíbrio com a natureza, pois sem água potável, sem ar respirável, sem florestas, sem fauna e flora em equilíbrio, não sobreviveríamos.
Quando, segundo o vídeo, eles decidiram romper com a harmonia e pensaram em ações individuais, eles acabaram se destruindo. Assim como nós estamos fazendo. Precisamos nos unir para tentar salvar nosso planeta, ou o nosso caminho também será a destruição.


Propostas pedagógicas e projetos de aprendizagem


(...) Atualmente, o ensino de Estudos Sociais passa pela questão da socialização, pelo desenvolvimento da formação da identidade cultural, da individualidade dos grupos sociais, envolve a construção da identidade social, a relação com a realidade e suas transformações pela ação do homem na natureza e na sociedade.
Nosso currículo escolar se forma com diferentes aspectos da cultura, trazendo saberes relacionados às vivencias de nossos alunos, buscando prepará-los, desenvolvendo habilidades e competências, despertando criticidade e autonomia em suas ações, oferecendo situações problemas que desenvolvam estas capacidades relacionando como seres sociais pertencentes a um grupo social. Devemos trabalhar em sala de aula com atividades que levem os alunos a terem formação como sujeitos únicos constituintes de um grupo, trabalhando sua própria identidade contextualizando com fatos reais e que façam parte do entendimento de nossos alunos, registrando este trabalho através de fotos, vídeos e documentos escrito nas mais diferentes maneiras.
Trabalhar com o ensino de estudos sociais exige do professor um maior comprometimento com os alunos, pois fala do pessoal de cada um e assim descobrimos muitas coisas a respeito de nossos alunos. Tendo como base estas vivencias e conhecimentos podemos relacionar com questões geográficas, noções de tempo e espaço, políticas religiosas. E com isso queremos que os alunos compreendam o que é vida em sociedade, a ação dos grupos sociais no tempo e no espaço. A aprendizagem é um processo dinâmico, que se dá na medida em que o aluno se sente desafiado, problematizado. Temos o dever de ensinar, fazendo com que a criança se envolva e seja sujeito da própria aprendizagem, que têm nome, que têm uma história, que ocupa um espaço,essa é a verdadeira importância das aulas de estudos sociais,tudo isso integrando as outras disciplinas , fazendo que a aprendizagem, realmente seja significativa para os nossos alunos.

Tópicos para serem trabalhados sobre o Rio Grande do Sul:
















Nosso Estado
Localização do RS
Paisagem natural- Tipos de paisagens
Paisagem Gaúcha- Relevo e Vegetação
Hidrografia do RS
Clima
Agricultura
Pecuária
Formação Histórica
Nossos índios
Como tudo começou
Missões Jesuíticas
Conflitos entre portugueses e espanhóis
Formação do RS
Imigrantes
Revolução Farroupilha
Cultura e tradições Gaúchas
Vestimentas e costumes gaúchos
Danças, comidas e músicas típicas
Lendas
Personalidades Gaúchas ( destaque da cultura)
Organização do RS
Símbolos
Estradas, aeroportos, ferrovias e portos
Meios de comunicação
Organização política
Capital

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Exemplo de vídeo que fiz utilizando o Movie Maker

Movie Maker

Cursos Cepic/ NH

1-Movie Maker: terça- feira a tarde dias 22/04 e 27/04
Relatório da aula
Windows Movie Maker- Vem com Windows XP

Ferramentas básicas:
Primeiro deve-se ter no micro, tudo o que se quer usar no filme ( imagens, vídeos, músicas) deve estar tudo na mesma pasta.Ter um microfone para gravação de voz- opcional).
Tarefas: Passos para se criar o filme:

1- Captura do vídeo
Capturar do dispositivo do vídeo ( de uma máquina digital, por exemplo) ;
Importar vídeo;
Importar imagens;
Importar áudio ou música;
Importa- se o que se quer colocar no vídeo (imagens, música, etc) isso fica na parte chamada coleções, daí para montar o vídeo, se arrasta estas imagens, vídeos para Storyboard;
Quando colocar áudio ou música, a configuração muda para linha de tempo. Pode colocar mais de uma música ao mesmo tempo;
Clicando em exibir- coleções, ele mostra o que já está importado.

2-Edição do filme:

Exibir efeitos de vídeo:os efeitos de vídeo, arrasta-se e coloca na estrelinha. Para apagar o efeito, clica-se com o botão direito na estrelinha e escolhe o botão excluir.
Exibir transição de vídeo:as transições de vídeo arrasta-se e coloca-se entre 2 vídeos- clipes. Para excluir uma transição, clica-se com o botão direito na transição e escolhe-se excluir.
Criar títulos e créditos:Pode-se colocar: *Título no início do filme;
*texto em cada clipe;
*antes do clipe;
*depois do clipe;
* pode escolher a fonte e a cor do título e o tipo de animação, a cor de fundo do clipe;
*cada alteração que se faz em títulos de créditos, clica-se em concluída.

3- Conclusão do filme:Após a criação do filme, salva-se como projeto ( que é o modo para se poder editar);
Arquivo- salvar projeto- e como arquivo do filme ( que é o modo de visualização) salvando assim é possível realizar alterações no filme.
Arquivo –salvar filme como- o arquivo do filme fica com a extensão Wmf.

O Movie Maker tem uma opção de filme automático mas, o tempo do filme tem que ter no mínimo 30 segundos.



terça-feira, 1 de abril de 2008

Reflexões sobre aprendizagens adquiridas no 3º semestre



Aprendizagem evidenciada



Esse semestre me trouxe múltiplas aprendizagens, sobretudo me ampliou horizontes para a autoria (aprendi a importância de registrar minhas experiências) e autonomia (coragem para desenvolver a minha prática dentro do propósito que acredito com um bom embasamento teórico).
Na minha opinião, a palavra-chave foi Integração: Integração das Interdisciplinas; Integração dos alunos com a prática e do Seminário Integrador com tudo.O que se torna explícito nos relatos que fiz no meu Portfólio de Aprendizagens, como os que seguem abaixo:

*INTEGRAÇÃO DE TODAS AS INTERDISCIPLINAS, ATRAVÉS DA POESIA (LITERATURA):
Tudo que transcende a esfera do juízo lógico e deliberativo é lúdico. Há basicamente três tipos de poemas: Lírico - ritmo, musicalidade, brevidade e intensidade. “Eu lírico” sou voz central. Ligado à música em sua raiz. Drama - baseado em diálogos, monólogos e conflitos interiores e sociais. Ligado ao teatro. Épico – o narrador apresenta personagens envolvidos em situações de uma história, uma batalha, um evento.A experiência lingüística começa com o nascimento, quando os primeiros sons e acordes são ouvidos. O som, primariamente, extrapola o significado nas parlendas, canções de ninar, poemas. Em seu cotidiano, a criança vive a poesia através das brincadeiras, da invenção de rimas, dos trava-línguas, música, etc. É na atividade criativa com a língua que a criança constrói formas originais de ver o mundo.

*INTEGRAÇÃO DAS INTERDISCIPLINAS COM O TEATRO:
O TEATRO interliga todas as interdisciplinas por ser uma arte completa que se utiliza dos recursos da dança (marcação, coreografia, expressão corporal...), artes plásticas (cenário, adereços de cena...), música (sonoplastia...) e a ludicidade (jogo teatral...).

*INTEGRAÇÃO DAS INTERDISCIPLINAS ATRAVÉS DO SEMINÁRIO INTEGRADOR:
O seminário como o nome já diz, é o grande elo de ligação do PEAD, ele é o nosso porto seguro que nos acalma e estimula para que sigamos sempre em frente. Ele nos dá embasamento para que refletimos nossas aprendizagens acerca de todas as interdisciplinas.


Apresentação Oral
Posso relatar a apresentação como um momento bastante expressivo, onde pude disseminar e explicitar as aprendizagens desenvolvidas ao longo do semestre e relatar a prática pedagógica. Também como uma oportunidade para a troca de experiências com colegas, professores e tutores. Abordando assuntos pertinentes sob múltiplas vivências dentro de um mesmo enfoque temático em diferentes contextos sócio-culturais.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Sala de aula é lugar de brincar










Brincar é aprender. A sala de aula é um lugar para atividades lúdicas pois o professor consegue conciliar o objetivo pedagógico com os desejos dos alunos.
A criança aprende a brincar desde muito cedo quando ainda não freqüenta a escola, desde seus primeiros meses de vida quando consegue segurar os objetos, porém ao entrar na escola ela aprende a se relacionar com mais crianças, a brincar em conjunto e respeitar o espaço dos outros. Lá é oferecido outro meio lúdico, brincadeiras com as quais a professora quer alcançar algum objetivo que pode ser até a união entre colegas que se agridem, depois do jogo, tudo se transforma e a paz volta a reinar.
O brincar é fundamental para controlar impulsos, manter o equilíbrio entre prazer e realidade, dominando os medos angustias e frustrações. Brincar também é importante para compreender e se relacionar com o mundo, porque as atividades lúdicas desenvolvem a capacidade cognitiva e ajudam a criança a se colocar no lugar do outro.
Com toda a certeza a brincadeira deve ser constante em sala de aula, pois desenvolve desde a coordenação motora até a compreensão e a relação com o meio.
Defender uma prática pedagógica a partir da atividade do brincar traz mudanças significativas para o processo de ensino-aprendizagem, pois nos remete à transformação do espaço escolar em um espaço integrador, dinâmico, onde não se prioriza apenas o desenvolvimento cognitivo dos alunos, mas contempla um espaço para a formação plena do indivíduo. Com isso, é importante que trabalhamos com a diversidade cultural na nossa sala de aula, valorizando a pluralidade, o movimento e a corporeidade, através do lúdico. Dessa forma, resgatamos, o dinamismo e o prazer na nossa sala de aula.
É possível perceber que a ludicidade ainda é pouco explorado pelas escolas e quando isso ocorre é porque há pouca receptividade de alguns pais, devido a concepção do lúdico ser pouco compreendida. Talvez seja, ainda, pela falta de compreensão ou pela interpretação precipitada que as pessoas não conseguiram se apropriar do seu significado e importância. Esse problema já não encontro mais em minha sala de aula, pois a interdisciplina de Ludicidade me proporcionou o embasamento teórico que dá segurança na minha prática ludo-pedagógica e, outro fato que também me ampara é a Filosofia de minha escola (modificada esse ano): “A escola tem como base o comprometimento com a educação e reconstrução do conhecimento dos alunos e dos pais, bem como da comunidade onde está inserida a entidade escolar, visando um ambiente que prime pelo saber, pelo fazer, pelo conviver e pelo ser, através de vivências desafiadoras,lúdicas, prazerosas e criativas.”
O brincar é tão importante para a criança quanto o trabalho é necessário para o adulto, ele traz os dados do cotidiano para um fazer ativo, refazendo-os ao relacioná-los com o imaginário. Ao brincar e experimentar o mundo dentro do seu contexto sócio-cultural a criança constrói o seu fazer,construindo no seu futuro a essência da vida.