sábado, 23 de maio de 2009

Reflexões sobre aprendizagens de crianças com necessidades educacionais especiais


Através da reflexão sobre análises postadas no fórum do rooda, decidi publicá-las no blog também...

Devemos saber que desde o nascimento as crianças aprendem, através das ações do mundo ao seu redor. Para que esse aprendizado ocorra , elas precisam dos cinco sentidos. Quando um ou mais sentidos estão danificados, a maneira da criança ver o mundo é transformada e sua habilidade de aprender se altera. Porém com os avanços da tecnologia , da medicina e da nossa própria evolução, podemos esperar um desenvolvimento físico e mental muito melhor do que alguns anos atrás (assim como a nossa prática melhorou). Esse desenvolvimento depende também de outros fatores que são fundamentais: O diagnóstico; a extensão da limitação da criança; o ambiente com estímulos apropriados ; além do amor e apoio familiar.
Acredito que destes, dentro da nossa realidade, o mais difícil são o diagnóstico e descobrir a extensão da limitação da criança, pois muitas vezes tateamos no escuro suspeitamos de síndromes e outras necessidades que não são diagnosticadas,o que torna o nosso trabalho bastante complicado, pois damos muitas voltas até acharmos um real caminho...que muitas vezes é um longo e difícil ...mas por outro lado é um caminho de plenas aprendizagens e muito gratificante, tanto para quem aprende, quanto para quem ensina.
Acredito que para realizarmos um bom trabalho dentro da nossa sala de aula, precisamos além de tudo que já mencionei, o atendimento de uma equipe especializada ou de programas de apoio para essas crianças. Pois “sozinhas” na sala de aula torna-se uma missão difícil.
Em muitos casos, as habilidades das crianças são melhoradas quando estimulamos o sentido deficiente, contando com o apoio de alguns técnicos da área da fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia e terapia ocupacional, as crianças com síndrome de Down, distrofia muscular e paralisia cerebral, entre outras, são beneficiadas, pois há um trabalho direto que envolve até mesmo os exercícios para fortalecimento da musculatura, próprios para fala, etc...técnicas que na nossa área não dominamos.
Um outro recurso que precisa ser bem explorado são as aulas de Educação Física, por isso a importância que o professor de E. F. aprimore sua prática.
Os jogos e as brincadeiras também desenvolvem estímulos. Através das cores, formas, regras, etc...
Refletindo sobre a minha sala de aula, estou sempre adaptando. Se tivesse um aluno que não conseguisse cortar, colar, etc.. Eu promoveria atividades adaptadas a ele. Penso que um computador com adaptações necessárias, de acordo com suas necessidades, era de extrema importância na sala de aula, pois assim ela aprenderia com outros recursos e os estímulos seriam trabalhados iguais.
Tenho uma grande amiga que trabalha no NAE, dentro dessa área (crianças com necessidades educacionais especiais), ela é Terapeuta Ocupacional com mestrado em educação inclusiva, ela sempre me dá umas dicas e trocamos muitas experiências. Ela adapta vários objetos para a criança desenvolver melhor sua habilidade. Por exemplo, ela adaptou um caderno , colando canudinhos nas margens e linhas, pois a criança tinha dificuldade de escrever na linha; outra invenção foi um bastão pequeno de madeira com um adaptador para giz de cera com uma largura suficiente, que sua aluna que tem paralisia cerebral precisava para conseguir segurar; ela também confeccionou um adaptador para melhorar a postura de outro aluno que tem paralisia cerebral e estava com atrofiamento muscular, por ficar na mesma posição. Eu admiro o seu trabalho e tento me espelhar. Atualmente não tenho alunos com paralisia cerebral, mas adapto minhas atividades para melhorar a aprendizagem das crianças, pois todas são diferentes e especiais.

Um comentário:

Melissa disse...

São ótimas as colocações, mas a idéia do blog (portfólio de aprendizagem) é refletir sobre as atividades que são propostas no curso. Seria interessante para esta postagem refletir sobre o que ela significou para você. O que mudou? Qual foi seu aprendizado com "esta reflexão sobre análises postadas no fórum do rooda"?
Abraços
Melissa