quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Crítica sobre o artigo letramento e trabalho pedagógico





Ao iniciar a leitura do artigo, logo de imediato surgiu-me um questionamento. Afinal somos alfabetizados ou letrados? Qual definição seria a mais pertinente, quando dados de uma pesquisa veiculada pelo jornal Bom Dia Brasil no dia 5 de dezembro de 2007, nos mostra com espanto, a classificação do país nas últimas posições no que se refere exatamente à gramática (compreensão e escrita) e raciocínio lógico matemático comparado aos outros países do mundo.
Ficamos atrás de países sub-desenvolvidos e temos 4 anos a menos de maturidade cronológica para compreender e interpretar um texto comparado a um europeu. Seria o caso de culparmos o sistema, os professores, nossos pais talvez ou estamos pagando o preço pela falta de interesse e desejo de aprender quando apenas decoramos para passar de ano e deixamos o professor satisfeito por ter conseguido passar o conteúdo.
Devemos sim valorizar essa instituição chamada escola e reconhecer o seu papel no desenvolvimento e progresso do microcosmo (indivíduo) e do macrocosmo (planeta), mas uma escola baseada em conceitos práticos e não ideológicos, humanistas e que exalte a cultura, os valores e porque não as analogias de cada indivíduo dentro de um país imenso e tão diversificado.
A criança quando entra na escola já trás uma bagagem e lá dentro existem coisas fúteis, supérfluas, úteis, interessantes, diferentes, autênticas, desconhecidas por muitos, totalmente novas, absurdas e ...
E agora professor? Pronto para o desafio? É uma longa jornada...
Algumas dicas talvez sejam de grande valia para percorrer este caminho de forma mais suave e menos dolorosa: seja criativo, paciente, menos tradicionalista, faça diferente, ouça mais, elogie mais, diga menos nãos, nunca compare, conheça sua história e finalmente, seja apaixonado pelo que você faz. Este último é contagiante!
Mas voltando a questão inicial sinceramente não tenho a resposta. Talvez esteja na hora de criarmos um novo conceito. Sugiro o termo alfabeletrados, para definir a semente que brotará no futuro dos professores que seguirem as dicas acima mencionadas.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Inventário de Aprendizagem






A educação aliada ao teatro propicia o desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza um modo especial de dar sentido às experiências das pessoas. Por meio da arte, o indivíduo amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação.
Aprender com o teatro envolve conhecer, apreciar, refletir e vivenciar esses conhecimentos. Afinal, como educadores sabe-se que a aprendizagem só é significativa, quando é vivenciada.
Precisamos, como educadores, lutar por uma educação que apresente um programa de estudos e vivências, com a atenção voltada muito mais para as integrações de significados, do que para a mera acumulação de conhecimento, fomentando no educando, a produção de sentidos e significados. Para Freire (1996, p. 46), o educador deve propiciar o meio adequado para que os educandos, em suas relações intrapessoais e interpessoais busquem “assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de amar” e , nesse sentido, o Teatro é um recurso valioso. Utilizar o Teatro aliado à educação, oportuniza aos educandos um conhecimento diversificado e lúdico, que evidencia um clima de liberdade, em que o aluno exercita as suas potencialidades e seus sentimentos, emoções, aflições e sensações, pois é um meio de expressão para o aluno. Quando o educando interpreta um personagem ou dramatiza uma situação, revela uma parte de si, mostrando como sente, pensa e vê o mundo.
É a atividade artística que permite ao aluno expressar-se, explorando todas as formas de comunicação humana. O Teatro amplia o horizonte dos alunos, melhora sua auto-imagem e colabora para torná-los mais críticos e abertos ao mundo em que vivem.
O Teatro, a serviço da educação, dá ao educando o ensejo de valorizar-se, de integrar-se harmoniosamente a um grupo, aumentando o senso de responsabilidade. O sucesso do trabalho se dá devido à soma dos esforços de todo o conjunto. É o momento em que ocorre o desenvolvimento de cada um e do grupo, fundamentado na complementaridade das diferenças. A atividade teatral ensina aos educandos a aprenderem com a diversidade, pois somente assim é que pode ocorrer a construção do conhecimento do sujeito.
Vive-se uma época de comunicação ostensiva, extensiva e impulsiva e o Teatro desenvolve nos alunos a expressividade. De acordo com Reverbel (1997, p. 168) “é preciso lutar para que o Teatro tenha seu lugar na Educação, porque se ele existe na sociedade, deve existir na escola”. O Teatro é o caminho para as escolas atingirem uma integração entre os sujeitos de forma criativa, produtiva e participativa, é um recurso pedagógico eficaz no desenvolvimento do educando, preparando-o a discernir os problemas que ele irá enfrentar na sua trajetória de vida.